terça-feira, 28 de julho de 2009

Observações pertinentes quanto ao Capitalismo

Metropolis - Um filme de ficção científica que aborda um tema já consagrado: a luta contra um sistema de exploração arquitetado por uma minoria dominante.




No futuro, o homem capitalista viajará para fora da Terra e explorará outros sistemas semelhantes a fim de continuar a ser o câncer do Universo e perpetuar o sistema capitalista vigente.

Se alguns homens, com novos propósitos, conseguirem repercutir novas ideias nas cabeças das pessoas e formarem uma nova ordem e um novo sistema, seja ele qual for - desde que diferente do capitalismo - não haverá necessidade de exploração e, talvez, a intenção de se tomar uma iniciativa tecnocrata a ponto de incentivar uma invasão interplanetária seja, absolutamente, sem propósito.

Então, viveremos entre homens que não comem carne, quem não compram e não vendem. Talvez assim, não haverá a necessidade de se viver em sociedade, já que cada um terá um pedaço de terra para plantar e comer daquilo que próprio produzir.

Quanto à distribuição da água, um bem que deveria ser comum a todos e absolutamente de graça, o novo governo desse novo sistema, altamente humanista, trabalhará sem cobrar impostos a fim de termos um produto final de qualidade, já que se não for potável, teremos sérios problemas de saúde crônica, algo jamais vivido mesmo na Idade Média.

Enfim, percebemos que o capitalismo é um mal necessário e que qualquer sistema imaginado até hoje, que seja diferente dele, é totalmente utópico. O ser humano é egoísta por natureza, já que sempre e em qualquer sistema haverá aquele que domina e aquele que é dominado. Num sistema Socialista, Comunista, Anarquista ou qualquer ista, além de Capitalista, sempre haverá aquele que serve e aquele que é servido.

Frente a tudo isso, frente a toda falta de perspectiva e niilismo, cabe ao homem assistir sentado ao fim do mundo, comendo a sua última seia - um misto de carniça, água podre e dejetos tecnológicos.

O capitalismo pode morrer, mas o ser humano continuará a sua sede voraz por destruição, pois isso está na nossa natureza.

Infelizmente ainda hoje, como nos primórdios, o homem não tem um propósito maior do que lutar por sua própria sobrevivência e da sobrevivência da sua família. O sistema ideal seria aquele que propicia ao homem toda formação básica e todo sustento básico para que esse possa desenvolver sua forma de pensar com propósitos voltados para a Arte, as Ciências e os Prazeres em geral, sejam eles da carne, do cérebro ou do espírito. Acontece que, para sustentar esse sistema, sempre deverá haver um grupo de menos afortunados que trabalham dia após dia e de sol a sol.

Percebe-se então que, nessa suposta "utópica" sociedade, igualdade e total liberdade é algo totalmente impossível, ao menos que a tecnocracia se desenvolva a ponto de delegar às máquinas o trabalho de sustentar o desenvolvimento humano a esses níveis. O Capitalismo funciona exatamente assim, porém, quem sustenta essa estilo de vida, para uma insignificante minoria, são seres humanos mesmo. Todos fazem parte de uma engrenagem para sustentar o padrão de vida da minoria dominante, que geralmente explora a maioria para sustentar o estilo de vida que toda a humanidade almeja - viver para o auto desenvolvimento e de forma autônoma, sem prestar contas para um propósito que não seja o seu próprio.

A alienação consiste em achar que somos auto-suficientes e ainda assim, achar que não somos egoístas.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O lado arrogante (e ignorante) da Europa




Certa vez, há menos de um ano, eu estava na festa de uma amiga que, por sua vez, prestava homenagem a outra pessoa de nacionalidade portuguesa e que iria retornar ao seu país, após um período de férias no Brasil.

Sou comprometido, mas minha namorada não estava na festa. Eu estava junto aos meus amigos e não conhecia a tal figura portuguesa, que a princípio me parecia simpática.

Lembro-me que conversei com todos e comecei a "trocar uma idéia" (como se diz aqui no Brasil) com a portuguesinha, mas não tinha segundas intenções com a moça, afinal de contas, gosto de minha namorada e sou fiel. A minha vontade era falar sobre Portugal e, sobretudo, sobre a cultura portuguesa e européia.

A princípio, senti certa simplicidade e boa vontade da moça, mas no decorrer da conversa, a coisa mudou do azeite de oliva para o Vinho do Porto. Comecei a perceber certa animosidade para com o Brasil e para com a cultura brasileira, até que num determinado momento o comentário deferido foi que os europeus acham do Brasil um país de “macacos que só sabem rebolar a bunda e que não gostam de trabalhar”. O pior é que ela disse isso sem o menor motivo, pois a conversa decorria numa forma pacata e simpática, pelo menos de minha parte. Percebi que o tom dela era jocoso e que ela se incluía nessa parte de europeus que têm essa visão preconceituosa. Logo depois disso, ela ficou envergonhada e não teve mais coragem de conversar comigo, pois havia percebido a grande gafe que cometera, já que em nenhum momento eu falara mal de Portugal, da Europa e das pessoas de lá.

Eu logo pensei que a moça era esquizofrênica ou teve algum erro de interpretação a respeito de meu interesse por Portugal, talvez achando que o meu interesse fosse por ela. Eu, ao contrário dela, havia mostrado profundo interesse pelo velho mundo e pelo povo, sem a mínima intenção de menosprezar fosse o que fosse ou quem fosse, mas apenas queria ouvir falar daquilo e daqueles que não tivera contato direto.

Concluo que a moça realmente interpretou mal o meu interesse e que, no fundo, o preconceito europeu é a prova cabal de que a ignorância prevalece mesmo naqueles países cuja cultura é levada a sério. O Brasil é um país de terceiro mundo, mas industrialmente é um lugar de destaque e pelo tamanho de seu território e de sua população, sem dúvida é o país de maior relevância na língua portuguesa. Afinal de contas, Portugal tem o tamanho de uma cidade do Brasil.


Se algum português ou descendente ler esse post, saiba que não tenho nada contra Portugal ou seu povo, mas apenas espero que a forma de pensar da maioria não seja similar a dessa moça ignorante e completamente mal educada, pois sei que muita gente na Europa não tem essa visão preconceituosa e mesquinha.

Concluo dizendo que se o Brasil é um país com vários problemas, é também por culpa de muitos povos europeus, sobretudo dos portugueses, que durante séculos saquearam nosso ouro e escravizaram parte de nosso povo, deixando sequelas difíceis de serem resolvidas. Sem contar que os outros europeus que conheço (principalmente de outros países de origem latina) consideram Portugal como o “fundo do quintal” da Europa e para bom entendedor isso basta.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sobre a civilização


Para se pensar:

"Será razoável supormos que toda a civilização elevada desenvolve tensões implosivas e movimentos de autodestruição? ....Será a fenomenologia do tédio e do anseio pela dissolução violenta uma constante na história das formas sociais e intelectuais a partir do momento em que ultrapassam um certo limiar de complexidade?"

George Steiner - No castelo do barba azul, 1971

terça-feira, 24 de março de 2009

40 ANOS DA MAIOR FRAUDE DE TODOS OS TEMPOS?

O homem foi, de fato, à Lua? Então veja esses sites:

http://www.portalbrasil.net/reportagem_nasa.htm

http://www.afraudedoseculo.com.br/

Leia antes e opine depois. Os argumentos utilizados nesses sites são intrigantes demais. Fiquei na dúvida...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Os sucessos e os fracassos da vida dependem de nós

Os sucessos e os fracassos da vida dependem mais de nós do que imaginamos

Não sabemos ao certo o que somos, porque gostamos de certas coisas e outras não. As coisas nem sempre tomam o rumo da forma que planejamos e com certeza devemos estar sempre preparados com o que nos é reservado pelos percalços da vida.

Hoje você pode estar feliz, por cima da carne seca, não obstante, amanhã você pode cair pelos buracos ou tropeçar em alguma pedra. A existência é uma forma de testar a paciência de todos os seres vivos, racionais ou não. Melindrar é uma escolha covarde dentre todas, mas quase nunca conseguimos raciocinar quando um problema é eminente ou pior, quando estamos no meio do furacão. Condicionarmos para estar sempre preparados quanto aos futuros percalços é uma forma que temos de sofrer menos quando essas quedas inevitáveis surgirem pela frente.

Por incrível que pareça, o mesmo processo ocorre quando passamos por uma fase de sucesso, pois ao estarmos condicionados à mesma vidinha trivial de sempre, nem sempre sabemos lidar com as dádivas que o destino nos reserva. Geralmente, uma pessoa que está acostumada a ser comandada, quando por algum capricho da sorte conquista sua independência, fica completamente perdida e acaba por escolher caminhos que destroem ou depreciam as dádivas conquistadas. Um exemplo claro disso é aquela pessoa que é subordinada ou subjugada por outras a vida inteira e, que por alguma conquista ou sorte, passa a comandar e, posteriormente, a subjugar seus subordinados de forma muitas vezes humilhante e desnecessária, apenas para “tentar” compensar as humilhações, as privações e os fracassos do passado em cima dos outros, como se esses fossem os culpados de seu passado infeliz.

Por isso percebemos que a maioria das pessoas que conquistam uma posição, cargo ou um patrimônio acima da média, seja de maneira lícita ou não, começam a usar da arrogância e do desdém em relação às outras pessoas. Isso mostra uma falta de caráter sem tamanho e também uma tremenda falta de discernimento em relação ao merecimento e à lei do retorno universal, que para aqueles mais sensíveis é líquida e certa. Para o Universo, nada é estagnado e quem está por cima hoje, se não souber utilizar bem de seus atributos e merecimentos, com certeza estará por baixo amanhã. O mesmo ocorre para quem está por baixo hoje, pois se esse souber plantar bem o seu futuro, amanhã estará por cima e, para manter o seu estado de bem-estar, precisará ter o discernimento de não se utilizar de maneira errada os merecimentos que conquistou, caso contrário voltará a estar por baixo (lembrando que estar por cima não significa, necessariamente, ficar rico ou poderoso, mas sim em um bom estado de espírito com o que a vida oferece).

Saber lidar com os sucessos e os fracassos que a vida nos reserva é uma forma de constante aprendizado e amadurecimento. Em todos os momentos, não podemos medir a possibilidade de estarmos bem ou mal amanhã, mas com certeza podemos fazer do presente uma forma de merecimento para colhermos bons frutos no futuro, pois a lei universal pode tardar, mas não falha em sua justiça. No mais, a única certeza que temos desde que nascemos é que um dia a morte chegará, pois na lei do Universo, ela é o único acontecimento pré-determinado e chegará mais cedo ou mais tarde.

Por fim, basta lembrar que não é difícil saber plantar bons frutos na vida, pois as melhores e maiores virtudes que os homens podem ter são muito simples: compaixão e amor ao próximo, mas não apenas de forma passiva, daqueles que apenas sentem pelos outros sem fazer nada e sim, da forma ativa, atuando para que as pessoas em sua volta estejam bem, com respeito e carinho. Afinal de contas, não basta apenas sentirmos pelo próximo e rezarmos por eles, mas também precisamos agir para se obter um mundo mais justo e humano, pois não sabemos como estaremos no dia de amanhã e é certo que um dia precisaremos da boa vontade alheia.

Agradeço a Deus por ter conquistado e propagado esse conhecimento.

sábado, 14 de março de 2009

Para que sofrer? A vida é bela e curta demais...

Para que sofrer?

Dependendo da situação, o sofrimento é algo que deve ser repensado. Às vezes, sofremos sem saber o porquê e também o fazemos por motivos pequenos e sem sentido. Não há motivo para se sofrer quando, por exemplo, algumas pessoas não gostam da gente ou nos consideram menores do que realmente somos. Deixemos, então, que essas pessoas mantenham seus pensamentos egoístas e arrogantes e seguimos adiante, desde que elas não tenham realmente o poder de nos derrubar efetivamente.

Conclui-se, portanto, que por muitas vezes o sofrimento é oriundo apenas e tão somente dos nossos medos internos, traumas do passado, raiva e descontrole emocional. A minha teoria do “bem-estar voluntário” considera que podemos e devemos estar bem conosco mesmo e, com a consciência de que isso basta, não há medo que consiga dar força ao inimigo ou aos inimigos. A isso eu chamo de equilíbrio emocional, o que nem sempre é fácil de se obter, mas é altamente necessário.

Sofrer é, então, uma escolha errada e mal feita. Ao invés de fornecer ouro ao bandido, ou aos bandidos, é necessário primeiramente saber que existe uma energia cósmica dentro de cada um que está acima de qualquer sentimento negativo. Essa energia significa que podemos ser maiores que esses momentos de angústia, de aflição e de entrega. Somos mais poderosos do que pensamos.

A força deve estar conosco em todas as piores e também nas melhores jornadas da vida, pois felicidade eterna e momentos eternos de felicidade são utopias de sonhos pueris.

A tristeza, a angústia, as agruras do passado e do presente e tudo o que nos paralisa, sobretudo o medo, deve ser subjugado por essa força interior a cada momento e é necessário viver “ao natural”, com a consciência condicionada de que somos maiores de que qualquer efeito negativo.

Sofrer, geralmente, é altamente inútil e é digno da imaturidade e dos maus costumes. Acrescento isso porque sei o quanto sofremos por bobagens passageiras e infantis.

A vida é bela e curta demais para ser desperdiçada com sofrimentos e coceiras menores. Então, desde já saiba que a Felicidade está sempre dentro de cada um de nós, pois ela é inerente à condição humana.