sábado, 28 de fevereiro de 2009

Um possível apocalipse eminente

Se fizermos uma análise visceral da sociedade atual e se pensarmos em uma expectativa para o futuro, chegaremos à assombrosa conclusão de que vivemos em uma corda bamba, próximo do "se ficar o bicho come e se correr o bicho pega". Basta um passo em falso; uma decisão mal tomada; um voto inconsciente para eleger um déspota que apertará o botão da bomba.

Enquanto somos responsáveis, cada um de nós a sua maneira, pelo andamento das coisas em nosso mundo, geralmente não nos damos conta de quanto temos o poder nas mãos. Não obstante, até que ponto temos esse poder? Afinal de contas, não confio muito no que os homens costumam historicamente chamar de DEMOCRACIA, porque enquanto houver diferenças sociais, hierárquicas e culturais, fica difícil definir os princípios democráticos. O que é correto para um já não é para outro e a liberdade de um acaba quando começa a do outro. Um dos problemas é definir então o que é liberdade de fato dentro dos parâmetros de igualdade social e cultural, principalmente num mundo multicultural.

Num post do meu antigo Blog "Andarilho Pensante" eu escrevi o poder que homens sem escrúpulos têm numa sociedade democrática. Tratam-se de "manobras democráticas" para subjugar e levar um outro ser humano, um grupo ou toda uma sociedade a fazer coisas, pensar e agir sob a égide de interesses escusos do consumo sem parâmetros, pois ao invés da coerção totalitarista, o regime democrático é apto a condicionar mentes a agirem conforme suas vontades e para as suas finalidades. Somos realmente livres numa sociedade democrática?

O intuito desse post é fazer com que pensemos com um propósito e analisemos o sentido para qual a nossa sociedade tem sido conduzida. Então comece a refletir que vivemos numa sociedade exploradora dos bens naturais, que são escassos, sem a mínima preocupação de repor esses bens. Você liga a televisão para assistir ao Jornal Nacional e a primeira matéria (muito comum, por sinal) refere-se ao desmatamento das florestas, sobretudo da Amazônica. Todos os anos a história a respeito disso é a mesma. E o que fazemos para resolver isso? Consumimos mais e mais sem ao menos nos preocupar se amanhã teremos bens para o básico.

Perceba que esse apocalipse eminente é esse total despreendimento social em relação ao futuro, como se agora estivessemos em uma festa onde tudo é permitido, mas amanhã pode não haver champagne, caviar e petit gateau. Então o que faremos? Choraremos prostrados em cima dos destroços do passado e diremos que um dia fomos felizes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ouvi em alguma musica gringa: "you can say what you like, but it doen´t change anything!" - o que traduz bem o consumismo da informação. Somos vozes fracas em meio a um turbilhao de outras milhares de vozes. A mudança cultural para tentar começar a equacionar o problema é extremamente complexa. E arrisco dizer que uma das grandes mazelas (quiça a maior) é a religiao - que insiste em ensinar nossas crianças que esse mundo é transitorio e que nossa eternidade repousa em outro "plano". Se todos compreendessemos que esse pedaço de rocha cheio de agua e carbono é tudo o que nós (e que nossos filhos, netos e por ai vai) temos, já seria um grande passo. Enquanto isso consumamos todos os recursos como se nao houvesse amanha, pedindo ao Senhor que nos livre do mal. Amém.

W35L31 CH0C0B0Y disse...

Mas se pensarmos como se nao focemos humanos, nem moradores desse "lar", perceberemos que isto não tem vouta, já estamos na beira da rampa e nao conceguimos voutar. Existe mais natalidade do que mortalidade, e isto é uma coisa que nao adianta mudar, uma hora ou outra, o planeta nao sera o bastante para tanta pessoa. Eu joguei o jogo "Final Fantasy VII" (que muitos devem conhecer), lá diz que o planeta é repleto de lifestream, e para alguem nascer é usado essa "energia", e quando alguem morre o mesmo é devouvido. Se pençarmos bem, aqui nao é tao diferente, para um grupo de pessoas nascerem, alguma outra coisa deve morrer, pois dois corpos nao ocupam o mesmo espaso. Antigamente havia mais arvores e animais, hoje existe mais humanos. E nao adianta mudar o ser humano, e sim o sistema em que ele vive. Uma possivel solução, era uma lei, de que cada casal, podese ter apenas um filho. isto resouveria muitas coisas. mas o ser humano é egoista, diriam que cada casal tem a liberdade de ter quantos descendentes que quizesse, e o governo quanto mais moradores do pais, melhor. mas isto é um absurdo, moramos numa casa que nao é nossa, o planeta nao tem dono, e estamos demolindo nosso proprio teto, quando menos pessoas vivendo, menas fome tera, menas violencia tera, menas doença tera, mais espaso teremos.